O golpe começa com uma
simples ligação ou mensagem. Os criminosos costumam se passar por atendentes da
central de segurança do banco, que ligam ou escrevem para confirmar uma compra
suspeita feita no cartão de crédito. A vítima diz que não reconhece o gasto e o
fraudador afirma que, então, o cartão foi provavelmente clonado.
Às vezes, o golpista chega
até a solicitar a senha e orientar o “cliente” a cortar seu cartão no meio,
como suposta prova de que ele não poderá ser usado.
Ao obedecer, a pessoa
está, na verdade, entregando todas as ferramentas necessárias para que os
criminosos façam compras em seu nome. Existem relatos de
vítimas que chegaram a perder R$8 mil assim que entregaram seu cartão.
O cartão cortado ao meio não é garantia de que ele não será usado: com os números, por exemplo,
os golpistas podem fazer compras online – ou, se o chip estiver intacto,
conseguem passar em uma maquininha (lembra que a pessoa às vezes é convencida a
passar a senha pelo telefone?).
A pandemia do novo coronavírus agravou a situação: com o isolamento, as
pessoas tendem a se tornar ainda mais vulneráveis a fraudes deste tipo. Segundo a Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), houve um aumento de 65% em
golpes de falsos motoboys desde que a quarentena começou.
Proteger-se do golpe do
motoboy, no entanto, não é tão difícil: existem algumas medidas de segurança
básicas que podem evitar essa dor de cabeça.
Como se proteger do golpe
do motoboy
Pode parecer senso comum,
mas o primeiro (e mais essencial) passo nessa situação é manter a calma. A
principal tática dos golpistas é criar um senso de
urgência, dizendo que
o cartão precisa ser recolhido o quanto antes, ou então a pessoa terá que arcar
com alguma despesa.
Esse tipo de persuasão faz
parte de uma técnica chamada engenharia
social, que consiste
em abaixar as barreiras de defesa da vítima, não dando tempo para que ela se
lembre de medidas de segurança básicas.
É importante lembrar que nenhum banco ou instituição financeira jamais
pedirá um dado confidencial (como o número completo do cartão ou a senha), nem
solicitará que você entregue seu cartão a ninguém.
“Recebi uma ligação e não
sei se é golpe. O que devo fazer”?
·
Agradeça o
contato, diga que não irá passar nenhum
dado e que não deseja a visita do motoboy e desligue.
· Espere cerca
de 5 minutos e entre em contato com seu banco pelos canais oficiais –
aqueles que você encontra no site da instituição. Não ligue para
nenhum número fornecido pela pessoa que fez o primeiro contato. O tempo entre
as ligações é importante caso o fraudador esteja grampeando o telefone para
interceptar.
·
Explique o que
aconteceu e peça orientações de
como proceder.
Vale notar que nem sempre
o golpe do motoboy é aplicado por telefone. As mesmas orientações se aplicam
caso você tenha recebido o contato por mensagem ou e-mail: não forneça nenhum
dado, não aceite a vinda do motoboy e entre em contato com a empresa pela
central de atendimento oficial.
Fonte: atualidadesdp
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