O
contribuinte brasileiro trabalha até hoje (30.05.2013) só para pagar impostos.
Segundo cálculos do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), o
brasileiro médio pagará de impostos neste ano o equivalente ao que ganhou
durante 150 dias de trabalho (de 1º de janeiro até hoje, 30 de maio).
A conta inclui todos os tributos –impostos, taxas e
contribuições cobrados pelo governo federal, Estados e municípios. São itens
como Imposto de Renda, IPTU, IPVA, PIS, Cofins, ICMS, IPI,
ISS, contribuições previdenciárias, sindicais, taxas de limpeza pública, coleta
de lixo, iluminação pública e emissão de documentos.
Os 150 dias trabalhados pelo brasileiro só para pagar impostos
ultrapassam países como México (91 dias), Chile (92 dias), Argentina (97 dias),
Estados Unidos (102 dias), Espanha (137 dias) e França (149 dias). No estudo do
IBPT, a quantidade de dias do Brasil só é menor que a da Suécia (185).
Média
de dias trabalhados para arcar com tributos vem subindo
O total de dias é bem superior ao das décadas anteriores. Na
década de 70, por exemplo, em média, foram necessários 76 dias trabalhados por
ano somente para pagar tributos, ou dois meses e 16 dias. Na década de 80, a
média subiu para 77 dias (dois meses e 17 dias) e, na década de 90, para 102
dias (três meses e 12 dias).
Parte da tributação no Brasil incide sobre os rendimentos. É o
caso, por exemplo, do Imposto de Renda. O cidadão também paga imposto sobre o
consumo, que já vem embutido no preço dos produtos e serviços, como PIS,
Cofins, ICMS, IPI e ISS. Paga, ainda, imposto sobre o patrimônio, como o IPTU e
o IPVA.
De todo o rendimento bruto, o contribuinte brasileiro terá de
destinar 41,10%, em 2013, para arcar com essa tributação. Em 2003, a média foi
de 36,98% do rendimento, contra 37,81% em 2004; 38,35% em 2005; 39,72% em 2006;
40,01% em 2007; 40,51% em 2008; 40,15% em 2009; 40,54% em 2010; 40,82% em 2011;
e 40,98% em 2012.
Fonte: IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário
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