Na
manhã deste domingo (29/3), o presidente Jair Bolsonaro visitou
um churrasquinho em uma praça de Taguatinga. O vídeo do momento,
publicado no Twitter dele, mostra o chefe do Executivo, em meio à pandemia do
novo coronavírus, conversando com o vendedor de espetinhos e com pessoas que se
aglomeraram em volta dos dois.
Segundo o comerciante, ele não pode ficar sem
trabalhar. "Se eu não morrer do vírus, morro de fome", afirma. Além
disso, ele diz que prefere não morrer de nenhum dos dois jeitos, mas acredita
que está com a saúde em dia e que não tem medo. É quando Bolsonaro se volta
para a câmera e discursa: "Pelo que eu tenho conversado com o povo, é que
eles querem trabalhar. É o que eu tenho falado desde o início: tem que tomar
cuidado".
Muita gente se reúne em volta do churrasquinho para
ver e ouvir o presidente. Alguns chegam a dizer que o comércio deve ser
reaberto e que as pessoas devem trabalhar normalmente. O churrasqueiro, então,
alerta sobre um cuidado que toma: "Não fazer aquela aglomeração de muita
gente. Pega seu churrasco e vai saindo pra não ficar aquele tumulto no
carrinho".
Pelo Distrito Federal
Em outro vídeo, filmado por moradores do
Sudoeste, Jair Bolsonaro aparece em uma farmácia e em um a padaria do bairro.
Ele ri alto e conversa com algumas pessoas, mas, na fila, a maioria ignora a
presença dele. No fim, alguns pedem para ele mandar um oi para "a galera
do WhatsApp" e lhe desejam "força".
Depois de visitar padaria, farmácia e
mercado, o presidente esteve no Hospital das Forças Armadas (HFA), onde ficou
por cerca de 20 minutos. Ele cumprimentou populares e profissionais que lá
estavam.Não há informação oficial sobre a razão da visita ao hospital.
O presidente passou de carro pela região onde
funciona uma feira na Ceilândia, que está fechada. Apesar da feira não estar
funcionando, a chegada do presidente reuniu várias pessoas que se aproximaram
para tirar fotos.
Depois, Bolsonaro seguiu
para um estabelecimento comercial em Sobradinho, onde falou sobre a situação da
população mais pobre. "Esse isolamento horizontal se continuar assim,
com a brutal quantidade de desemprego que vem pela frente, teremos um problema
seríssimo, que vai levar anos para resolver", afirmou. "A luta toda
não é para evitar o contágio, mas para diminuir a onda", completou o
presidente.
Bolsonaro, na semana passada, defendeu o chamado isolamento
"vertical", quando apenas idosos e pessoas com doenças crônicas ficam
isoladas.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no entanto,
no sábado (28/3) defendeu, num discurso contundente, a manutenção das medidas
de isolamento para conter o avanço do novo coronavírus.
Fonte: Correio Braziliense
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