O
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou nesta quarta-feira (25) que tenha
recebido ajuda para escrever o texto do discurso feito na noite de ontem (24)
em rede nacional.
“Eu fiz
sozinho. Vocês inventaram que o gabinete do ódio fez o discurso. Eu que fiz o
discurso. Eu que escrevi o discurso. Eu sou responsável pelos meus atos”,
apontou.
Bolsonaro
foi questionado sobre a repercussão negativa e as críticas que recebeu dos
outros chefes dos poderes. “Ser criticado por quem? Por quem nunca fez nada
pelo Brasil? Estou muito feliz com as críticas.”
O
presidente do Senado, Davi Alcolumbre e o vice-presidente da Casa, Antônio
Anastasia, divulgaram uma nota ainda ontem criticando a postura de Bolsonaro
durante o discurso e caracterizaram como ‘grave’ seu posicionamento, de ataque
às medidas de contenção ao Covid-19 e à imprensa.
Sobre a nota, Bolsonaro se limitou a dizer: “É um direito dele. Mas se
eu falo um “a” contra eles, é uma crise institucional. Quero solução. Vou ligar
para o Davi hoje, se bem que ele ainda está confinado. Vou ligar para ele”,
disse.
Bolsonaro ainda foi questionado se os dois nomes de pacientes com testes
positivos para o novo coronavírus sonegados à Justiça pelo Hospital das Forças
Armadas (HFA) fazem parte do governo. “Não sei rapaz. Que omitiu? Está acusando
o HFA de mentir, rapaz? Você acha que estou escondendo alguma coisa? Está na
lei que esses laudos é segredo. Quiser que eu te mando a lei, eu mando a lei
pra você aqui. Respeita a lei, pô”, concluiu.
Discurso
Durante os quatro minutos em que discursou na noite de ontem (24),
Bolsonaro defendeu a reabertura de escolas, o fim do confinamento e ainda
culpou a mídia por ‘histeria’. Em outro trecho, ele defendeu a volta da
‘normalidade’ no país.
“O vírus chegou. Está sendo enfrentado por nós e brevemente passará.
Nossa vida tem que continuar. empregos devem ser mantidos, o sustento da
família deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas
autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra
arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento
em massa. O que se passa no mundo têm mostrado que um grupo de risco é o das
pessoas acima dos 60 anos. Então, por que fechar escolas?”, questionou.
Fonte: Publicação Correio Braziliense
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