Até o momento, a
covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, já matou mais de
13 mil pessoas e infectou mais de 311 mil em todo o mundo. O Brasil já tem mais
de mil casos confirmados pelas autoridades de saúde, mas sabe-se que essa cifra
é muito maior.
É um vírus que tem causado doença respiratória
—a covid-19— pelo agente coronavírus, recentemente identificado na China. Os
coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que
causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente,
infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas,
semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças
graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Sars (Síndrome
Respiratória Aguda Grave), identificada em 2002 e a Mers (Síndrome Respiratória
do Oriente Médio), identificada em 2012.
Por que a doença foi batizada de covid-19?
"Co" significa corona,
"vi" vem de vírus, e "d" representa "doença". O
número 19 indica o ano de sua aparição, 2019. Esse nome substitui o de
2019-nCoV, decidido provisoriamente após o surgimento da doença respiratória. O
novo nome foi escolhido por ser fácil de pronunciar e não ter referência
estigmatizante a um país ou a uma população em particular.
Quais são os sintomas do coronavírus?
Os psinais e
sintomas clínicos são principalmente respiratórios, como: febre que não cessa
com remédio tosse seca ou com catarro e dificuldade para respirar. Mas também
podem surgir cansaço, dores articulares, congestão nasal, dor de garganta e
diarreia. Esses sintomas são normalmente leves e podem progredir. Muitas
pessoas infectadas não desenvolvem os sintomas nem sentem-se mal. Cerca de 80%
dos casos se recuperam sem tratamento especial. No entanto, 1 em cada 6 casos
tem grave falta de ar. Idosos, pessoas com diabetes, pressão alta e outros
problemas cardiovasculares são mais suscetíveis a desenvolver sintomas sérios.
O que muda agora que uma pandemia foi declarada?
O termo é usado
para descrever uma situação em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas
ao redor do mundo simultaneamente. O exemplo mais recente foi a disseminação
global do vírus influenza H1N1, que causou a pandemia da gripe suína, em 2009.
Especialistas acreditam que ele tenha infectado milhões de pessoas e matado
centenas de milhares. Mas uma pandemia não se caracteriza pela gravidade da
doença que ela causa. O principal fator é o geográfico, quando todas as pessoas
no mundo correm risco. Pandemias são mais prováveis com novos vírus. Como não
temos defesas naturais contra eles ou medicamentos e vacinas para nos proteger,
eles conseguem infectar muitas pessoas e se espalhar facilmente e de forma
sustentada.
Como surgiu o
coronavírus?
Novos vírus são descobertos a todo momento.
Grande parte pula de outras espécies, onde passam despercebidos, para os
humanos. A Sars passou para os humanos a partir de um animal selvagem conhecido
como civeta (ou gato-de-algália, parente do guaxinim) —que era considerado uma
iguaria na região de Guangdong, na China. Já a Mers (Síndrome Respiratória do
Oriente Médio, na sigla em inglês), que matou 858 dos 2.494 pacientes
identificados com a infecção desde 2012, geralmente pula de dromedários.
Qual a forma de
transmissão do vírus?
A transmissão dos
coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções
contaminadas, como:
- gotículas de saliva;
- espirro; tosse;
- catarro;
- contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O vírus pode
ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam
para aparecer desde a infecção.
Quanto tempo o vírus sobrevive em superfícies?
Alguns estudos sobre outros coronavírus
descobriram que eles podem sobreviver em superfícies de metal, vidro e plástico
por até nove dias, a menos que sejam desinfetados adequadamente. Esse período
pode chegar a 28 dias em baixas temperaturas. Um outro estudo, do Instituto
Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), que ainda não
foi publicado em uma revista científica, aponta que o vírus pode sobreviver em
gotículas por até três horas após ser expelido no ar por uma tosse. Gotas finas
entre 1 e 5 micrômetros de tamanho, cerca de 30 vezes menores do que um fio de
cabelo humano, podem permanecer no ar por várias horas.
Isso significa
que o vírus que circula em sistemas de ar-condicionado não filtrados só
sobreviverá por algumas horas, principalmente porque as gotículas tendem a se
depositar em superfícies mais rapidamente quando há circulação de ar. Ele
também tende a sobreviver por mais tempo quando depositado sobre papelão —até
24 horas— e de dois a três dias sobre superfícies de plástico e aço inoxidável.
Os resultados sugerem que o vírus pode sobreviver por este tempo em maçanetas
de portas, bancadas e outras superfícies duras. Os pesquisadores descobriram,
no entanto, que as superfícies de cobre tendem a matar o vírus em cerca de
quatro horas.
O coronavírus
sobrevive no ar?
Já em relação ao
ar, o estudo do NIH mostrou que o vírus permanece por até 3 horas após ser
expelido por tosse, espirro ou exalado por uma pessoa infectada. No entanto, os
autores ressaltaram que ainda não está claro se a doença pode ser transmitida
de pessoa para pessoa pelo ar.
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