Beneficiários
do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) podem solicitar
a exclusão de descontos de mensalidades associativas que são
feitos diretamente nos pagamentos. O pedido pode ser feito pelo aplicativo
Meu INSS.
Segundo
o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, 180 mil aposentados já
utilizaram a plataforma do INSS para solicitar o cancelamento.
Nesta
quarta-feira, 23, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi
afastado do cargo por decisão da Justiça Federal. A decisão ocorre após
operação da Polícia Federal identificar esquema fraudulento de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas
do INSS. O valor estimado em cobranças irregulares soma R$ 6,3
bilhões, segundo a PF.
Em
entrevista coletiva à imprensa que ocorreu em Brasília, o ministro da Justiça,
Ricardo Lewandowski, disse que os chamados Acordos de Cooperação Técnica (ACT)
com entidades foram suspensos no momento para fazer “um freio de arrumação”.
Atualmente,
cerca de 3 milhões de beneficiários do INSS têm algum valor descontado
mensalmente de suas aposentadorias ou pensões a título de desconto associativo.
Como solicitar a exclusão
•
Entre no Meu INSS (site gov.br/meuinss ou aplicativo para celular).
• Faça
login com CPF e senha do Gov.br.
•
Clique no botão “novo pedido”.
•
Digite “excluir mensalidade”.
•
Clique no nome do serviço/benefício.
• Leia
o texto que aparece na tela e avance seguindo as instruções.
Bloqueio de benefício
É
possível ainda bloquear o benefício para desconto de mensalidade associativa.
Esse serviço também está disponível no Meu INSS. Basta seguir os passos abaixo:
•
Acesse o Meu INSS (site gov.br/meuinss ou aplicativo para celular).
• Faça
o login pelo CPF e a senha da sua conta Gov.br.
• No
campo de pesquisa da página inicial, digite “solicitar bloqueio ou desbloqueio
de mensalidade”.
• Na
lista, clique no nome do serviço/benefício.
• Leia
o texto que aparece na tela e avance seguindo as instruções.
Outra
alternativa é entrar em contato com a entidade para registro de reclamação e
solicitação de estorno das contribuições realizadas de forma indevida.
Responsabilidade é da associação ou
entidade
Segundo
a Previdência Social, tanto nas situações que envolvem os descontos de crédito
consignado, como em relação às mensalidades associativas, caso o titular do
benefício não tenha autorizado o desconto, cabe exclusivamente à entidade
envolvida a eventual responsabilização administrativa, cível e penal pelos
órgãos de controle externo competentes ligados à defesa dos direitos do
consumidor.
As
reclamações e denúncias sobre descontos não autorizados de associações devem
ser feitas diretamente no Portal do Consumidor.
Esquema de fraudes
O
presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro
Stefanutto, foi
afastado do cargo por decisão da Justiça Federal. A decisão ocorre após
operação da Polícia Federal identificar esquema fraudulento de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas
do INSS.
Até agora, o valor estimado em
cobranças irregulares soma R$ 6,3 bilhões, segundo a PF.
O
assunto foi levado nesta quarta-feira, 23, pelo diretor-geral da Polícia
Federal, Andrei Rodrigues, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, em reunião no Palácio da Alvorada.
A
operação que investiga o esquema foi deflagrada nesta quarta-feira pela PF e a
Controladoria-Geral da União (CGU).
Trata-se da Operação Sem Desconto, que
tem o objetivo de combater um esquema nacional de descontos associativos não
autorizados em aposentadorias e pensões.
“Foi
uma fraude conta os aposentados”, disse o ministro da Justiça, Ricardo
Lewandowski, em entrevista a jornalistas, acrescentando que as irregularidades
começaram a ser investigadas em 2023 após aumento do número de entidades
associativas e dos valores descontados dos aposentados.
De
acordo com a PF, cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem
nesta quarta 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro
de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no
Distrito Federal e nos Estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Seis servidores públicos foram afastados de
suas funções.
“As
investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos
descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios
previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)”, diz a PF. “Até o momento, as
entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3
bilhões, no período entre 2019 e 2024”, completa.
Os
investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva,
violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa
e lavagem de capitais.
Fonte: INSS , reportagem da isto é dinheiro