A delação premiada da desembargadora do Tribunal de
Justiça da Bahia (TJ-BA), Sandra Inês Rusciolelli, e de seu filho Vasco
Rusciolelli, homologada em junho no âmbito da Operação Faroeste, tem
menções a 68 pessoas que estariam envolvidas na venda de sentenças judiciais na
Bahia.
Segundo apuração do jornal Folha de São Paulo,
entre os citados estão 12 desembargadores do TJ-BA (incluindo uma aposentada),
12 juízes, 15 advogados, 16 funcionários do TJ-BA e dezenas de filhos de e
parentes de magistrados. Além disso, ao menos um político com mandato no
Congresso foi citado, assim como empresários e agentes públicos como o
ex-secretário de Segurança Pública Maurício Barbosa.
De acordo com a publicação, parte da delação se
dedica a esclarecer como foi formado um suposto esquema que envolvia o
pagamento de propinas para decisões judiciais relativas a terras do oeste
baiano, região conhecida por ser um polo de agronegócio, quais os seus
integrantes e o modus operandi.
Sandra Inês foi presa em março do ano passado. Em setembro,
ela e seu filho foram para prisão domiciliar com o uso da tornozeleira
eletrônica. Mãe e filho foram denunciados sob acusação da prática dos
crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa.
Segundo o Ministério Público Federal, os dois negociaram propinas de R$ 4
milhões e receberam, efetivamente, R$ 2,4 milhões.
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