Principal jornalista da
Globo na Bahia , Jéssica Senra
está afastada do trabalho desde o último dia 10.06.2021. A apresentadora do Bahia
Meio-Dia, equivalente ao SP1 em São Paulo, foi diagnosticada com princípio de
síndrome de burnout. Não há uma previsão de quando ela retornará ao ar.
O Notícias da TV tentou
conversar com Jéssica Senra. Ela agradeceu o contato, disse que está bem, mas
que preferia não falar sobre o que está vivendo no momento. Na segunda, dia em
que voltaria, Jéssica colocou em seu Instagram um esclarecimento para seu
público. Depois da postagem, a jornalista de 38 anos não apareceu mais nas
redes sociais.
O caso de Jéssica não é
isolado. Na pandemia, o desgaste emocional vivido por jornalistas tem aumentado
consideravelmente. Por estarem na linha de frente da cobertura da pandemia e
por serem atacados por defenderem a vacina, por exemplo, muitos estão
desenvolvendo doenças psicológicas.
A avalanche de
notícias ruins, entre outros fatores, teriam contribuído para Jéssica
desenvolvesse o burnout. A doença é muito comum em jornalistas e alguns casos
já vieram a público nos últimos anos. Um caso famoso é o de Izabella Camargo,
ex-apresentadora do Jornalismo da Globo que foi demitida por seus chefes por
ter contraído a doença e se afastado. Hoje, ela está na Band.
O que é a síndrome de burnout?
Especialista em síndrome de burnout, o psicólogo Saulo Pereira Barros de Almeida, com doutorado em Psicologia pela UFS (Universidade Federal de Sergipe), explica que a doença é separada principalmente em três características. A maior delas é a exaustão de alguma situação ou do trabalho realizado de forma intensa.
Segundo Almeida, existem
várias maneiras de um indivíduo ser diagnosticado com burnout. "O
profissional pode desenvolver a síndrome a partir da contínua exposição a
ambientes com sobrecarga de trabalho, tanto de tarefas quanto de de metas; da
falta de suporte da chefia e/ou de colegas; da falta de reconhecimento
profissional. e do excesso de conflitos", continua ele.
"É válido frisar que o
trabalhador acometido pela síndrome de burnout costuma apresentar
predisposições a psicopatologias como depressão e transtornos de
ansiedade", conclui o doutor sobre o assunto. Ele pede que sociedade e
empresas fiquem atentas ao assunto.
Para os médicos, a síndome de burnout não tem cura, mas pode ser tratada. O tratamento deve ser orientado por um psicólogo ou psiquiatra e, normalmente, é feito através da combinação de medicamentos e terapias durante um período de um a três meses. Se necessário, o acompanhamento pode ocorrer até o fim da vida.
Fonte: Uol Notícias
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